Este é o local onde as palavras encantam.
Os escritores também tem sentimentos. Se sentiste, diz. Assim estaremos todos no mesmo nível de partilha.

domingo, 6 de novembro de 2011

Pescador do meu mar


Pescador do meu mar
Tu, meu amigo futuro,
Deixa de remar
E desmancha o muro.

Todos os problemas vividos,
Todas as tempestades gravadas
Em simples videos trazidos
Pelas sereias aladas.

Nada é comparado à amizade,
A duas puras rosas rozadas.
No fim tudo é realidade
E as rosas separadas.

Meu Anjo do mar,
Vem comigo e deixa a embarcação.
Não deixes as rosas afundar
Neste mar de ilusão.

Tu Pescador amigo
Liberta-te do escuro e vem.
Vem ao arco antigo
É lá que está o bem.

Dou-te as rosas rozadas
Do mar da felicidade
E de ti só espero sinceridade.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

A pura e real verdade

"Eu estava num sonho,
Num distante passado.
Num lugar que não é estranho,
Num lugar que sinto ter amado.


Nele conheci um rapaz com esperanças
E com ele criei uma amizade forte.
Mas eramos puras crianças
E a amizade pode ter sido sorte.


Mesmo podendo ser sorte
A amizade ficou presa,
Tão presa até à morte
E saindo sempre ilesa.


Finalmente desperto daquele passado
E fico com medo da realidade,
Mas logo vi que aquilo sonhado
Era a pura e real verdade."

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Num lugar à muito esquecido

"Num lugar à muito esquecido,
Onde a coruja voa sobre o mar,
Um guerreiro está perdido
Na floresta de encantar.


A doce e indesejável morte
Puxa-o lentamente para o fundo
Desafiando a orgulhosa sorte
E todo o grande mundo.

Naquele mundo do escuro
Uma forte luz azul puro
Teimou em aparecer
Fazendo o guerreiro renascer.


Então quando o brilhante dia
Mostrou a sua intensa cor
E à Pequena e ao Lobo sorria,
O mundo encheu-se de amor."

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Origem da amizade

Numa noite fria o céu brilhou
E uma estrela caiu do seu lar
Na caixa de pandora e voou
Em direcção ao enorme mar.

Era a estrela da pura amizade.
Sempre a brilhar e a sorrir
Com todo o amor e serenidade
Para os seres que haviam de vir.

Naquele estranho e novo mundo
Ela encontrou o seu verdadeiro ninho:
O coração de cada vagabundo
Da vida sem quente carinho.

Essa é a origem da nossa amizade
Uma infeliz estrela cadente
Que encontrou a sua felicidade
No nosso mundo sorridente.

Por isso a maneira mais forte
De mostrar a nossa amizade
É desafiando a rara sorte
E sentir a sua saudade.

Mas nada de cruéis tristezas…
Devemos cantar, sonhar,
E mostrar a todos as purezas
Que existem em amar.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

A melhor amiga

Numa sala vazia e escura
Eu tenho pendurado um espelho encantado
E com ele vejo uma imagem pura
De um futuro destinado.

Um dia perguntei-lhe qual seria
A próxima pessoa no meu coração.
Ele respondeu que eu encontraria
Essa pessoa depois de um Verão.

A imagem que eu via
Não era de todo a melhor
Mas eu sabia que haveria
De haver algo a meu favor.

Eu sabia que no dia certo nevaria
E que no ar um cheiro puro
Apareceria iluminado com a luz do dia
Deixando para trás o escuro.

E eu tinha razão.
A minha melhor amiga apareceu
Rodeada de uma terna emoção,
Tal como o sol que nasceu.

Com os seus longos cabelos d’ ouro
E os seus doces olhos verdes brilhante
Ela é um enorme tesouro
Como nuca tive antes.

Por isso canto a canção de embalar
Para ela ficar a saber
Que estou aqui para fiar
E nada me irá deter.

sábado, 17 de setembro de 2011

O livro mágico

“Era uma vez” dizia o livro encantado
Escondido que tirei da estante…
Um livro velho, com um tom encarnado,
Um livro especial e brilhante.

“Uma rapariga que dançava
Graciosamente na lagoa cristalina”
E a história mágica continuava
Contando a vida da bailarina.

Ela bailava e rodopiava
Ao som da melodia da Natureza.
Passo atrás de passo, ela bailava
Sempre com muita certeza.

E as suaves palavras dançavam
De forma cativante e deliciosa
Pelas páginas que abraçavam
A minha mente amorosa.

A música invisível cobriu
O meu quarto com tons dourado…
A minha janela oeste abriu
E a melodia deixou o céu estrelado.

Ao trazer a magia ao mundo
Percebi que chegara ao final
E que não havia um segundo
Pois eu era a continuação inicial.

sábado, 10 de setembro de 2011

Girassol Encantado

Era noite estrelada
A lua estava cheia
E na terra enlameada
Uma jovem rapariga passeia.

Uma rapariga de olhos brilhantes,
Alma poderosa e florida,
Mulher de hoje, jovem de antes
E flor do mar da vida.

Ela passeia de forma calma
Pensando no dia de sol…
Mas algo lhe chama a alma,
Um belo e adorável girassol.

Ela aproxima-se para ver,
Os seus olhos cintilam de emoção.
Ela nunca vira tal coisa para se ter,
Um belo girassol plantado no coração.

Mas que podia ela fazer?
Colhe-lo e mata-lo? Não!
É claro que não o ia colher.
Não ia perder algo tão são.

Por isso deixou estar
E todos os dias ia lá ter
Para cantar uma canção de encantar
Proibindo as pessoas de o colher.

Hoje se formos aquele lugar
E se tivermos sorte podemos ver
Um girassol de sonhar
Que nunca podemos obter.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Borboleta da Noite

Quando à noite um luar intenso e sedutor ilumina toda a rua, uma jovem borboleta de asas negras como a noite sai de sua casa em direção a uma fonte no fundo da rua. Um passo atrás de outrro passo as pessoas da aldeia regressavam às suas casas e a borboleta com o seu bater de asas constante voava silenciosamente até à fonte.

A fonte tinha um anjo com a sua elegância imortal no centro, e na água uns brilhantes peixes de escamas avermelhadas nadavam suavemente pelo fluido cristalino da fonte. Na mão direita do anjo um jarro que vertia água era segurado e na esquerda uma pomba branca pronta a levantar voo em direção ao céu estrelado.

A borboleta negra flutuou até ao ombro direito daquele anjo e nele repousou por um momento até que as borboletas do fogo vieram batendo as suas asas vermelhas, seguidas das borboletas azuis do ar, das frescas verdes da floresta, das calorosas castanhas da terra e por último das flexíveis e graciosas borboletas da água com as suas asas de tom azul esverdeado. Elas bailavam ao som da melodia dos grilos, mochos e corujas, enquanto eram iluminadas pelas estrelas e pelos pirilampos. Várias borboletas chamaram aquela negra borboleta mas ela continuou quieta como se fizesse parte da estátua do anjo.

Elas dançaram até a noite estar mesmo a acabar e quando o sol começou a querer iluminar toda a aldeia, as borboletas partiram, deixando para trás a borboleta negra. Pouco a pouco o tímido sol mostrou as suas cores assim como a borboleta. As suas asas deixaram de ser negras e passaram a ser de todas as cores do arco-íris. Mais uma vez, com o seu bater de asas constante ela regressou a casa.

Atravessou as ruas ainda desertas e entrou pela janela. No quarto escuro uma rapariga encontravasse a dormir. A borboleta poisou no seu peito mesmo por cima do coração e deixou-se ser sugada até fazer parte da jovem, com isto os olhos da rapariga-borboleta abriram e ao mesmo tempo o sol cobriu de luz toda a aldeia. A noite acabara e o dia começara.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Voar, apanhar uma estrela

Ser livre como uma ave e voar
Pelos campos de coloridas flores
E no meio do luz encontrar
O Lago dos verdadeiros amores.

Subir a alta montanha
E apanhar um flor
De gelo e de tamanha
Cor e puro amor.

Sorrir ao ver um raio de sol
A brilhar na minha face
E pensar em lançar um anzol
Para apanhar aquele enlace.

Apanhar o enlace da vida
Que um dia foi dada
Para ver protegida
Uma pessoa amada.

Voar, apanhar uma estrela brilhante
Traze-la para casa, abraçar
A alegria e viver a vida fascinante
Iluminada pelo novo e belo luar.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Anjo da guarda

Numa terra onde não existem nem monstros nem demónios, onde só existem flores coloridas, pássaros com lindas vozes e pessoas normais sem nenhum poder magico nem sobrenatural, uma jovem rapariga vive. Quando era uma criança, todos pensavam que ela era uma autêntica fonte: sempre a chorar. Muito sentimental, muito mimada, muito protegida, muito criancinha para a sua terna idade.


Com o passar dos anos os olhos foram secando, isto foi desencadeado por um amor não correspondido, amores de criança. Mas não foram só os seus olhos que secaram, a cascada de sentimentos secou e quando os sentimentos voltaram só chegavam cá fora os que correspondiam ao seu maus feitio: refilar, amuar, ser algumas vezes injusta. É claro que os bons sentimentos apareciam: alegria, saudade, amor.


Apesar de todos acharem que ela é o que eles pensam que é, ela não é por sombras o que mostra ser. Os seus olhos mostram alegria, raiva ou indiferença mas no fundo eles mostram um enorme pedido de socorro. Os anos continuam a passar e apesar do mau feitio (assim pensavam eles que era) continuar a existir ele já não era tão forte, o que é certo é que a rapariga não era tão feliz como dantes fora. Ela sentia-se frágil, como se fosse uma boneca de porcelana. O seu coração saltava feito tolo sempre que ela se sentia triste, ele saltava para que ela reagisse e falasse com alguém antes que se partisse em bocados.


Um dia, um dia como os outros (sim, um dia como os outros), ela estava bem mas a caminho de casa começou a pensar em tudo e mais alguma coisa e quando chegou finalmente a casa parecia um farapo velho, sentiasse mal e rachada, e o seu coração estava a saltar-lhe mais uma vez do peito. Então ela soube que tinha de falar com alguém. Mas quem? Não podia simplesmente falar com aqueles que a ignoravam. “Alguém…Alguém que me ajude neste momento, alguém que me agarre ou eu vou-me partir e nunca mais volta a ser a mesma.” Pensou ela. Então como por magia um anjo desceu dos céus e agarrou.


Esse anjo de cabelos castanhos e olhos cor das mais belas avelãs do mundo, esse anjo de olhos profundo e fascinantes disse-lhe que aquilo passava e que ela iria ficar bem mais uma vez. Ela chorou nos braços desse anjo doce e depois quando finalmente as lágrimas secaram ele largou e voltou para onde tinha vindo.


No dia seguinte na sua escola a jovem rapariga esta mais fresca que ontem. O seu coração estava melhor que no dia anterior e agora estava pronta para procura a sua volta o que ela a muito tinha perdido: o seu belo jasmim, a sua pura flor, o seu amor, a sua delicadeza.


Ao virar da esquina um rapaz. Mas não um rapaz qualquer… Era o seu anjo. Sim, era ele… Sempre fora ele, só que ela não o sabia e agora mais do que nunca iria proteger aquilo que lhe era sagrado, pois ela sabia que agora não estava sozinha quando fosse preciso de uma ajuda para a agarrem. Ela agora tinha o seu anjo e não o iria perder, não iria perder aquela rosa rosada.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Um sonho, uma memória

"Numa certa noite tive um divertido e cansativo sonho que se passava num tempo não muito longe do actual e num lugar que nunca antes tinha visto, Nesse lugar, nesse dia, o calor ardente da estrela que nos ilumina com os seus raios vindos do seus raios vindos do seu caloroso coração faziam a àgua parecer uma miragem para quem vinha de uma longa jornada pelo deserto.


Nesse lugar cavaleiros, e não digo só homens digo também mulheres que nos ajudaram a superar inumeros desafios, sim esses cavaleiros, homens e mulheres, abriram as portas do seu castelo, seixaram-nos repousar e colocaram um soriso nas nossas caras cansadas.


Apesar de parece mais um sonho na verdade aconteceu mesmo. Todos os momentos de diversão, todos os sorrisos, todas essas pequenas coisas que verdadeiramente nos faz ter na memória o tempo que passamos naquele lugar como um momento que será saempre relembrado, um momento bem passado.


E saudades terei pois quando passamos um bom tempo com um grupo de pessoas e nos divertimos até que os nossos corações não possam mais com tanta alegria, é inevitável não ter SAUDADES."

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Senhora Noite

"Noite. Para os gregos ela era a mãe do céu, da terra. A mãe dosono, da morte e das angustias, da ternura e do engano. Para mim a noite percorre, envolvida no seu manto negro e sombrio, o céu e a terra num carro tão negro como ela. Ela cobre o mundo com o seu frio ou o seu calor dependendo da pessoa que a sentia. Mas não digo que esse frio é mau, assim como não digo que o calor seja mau e que ambos não sejam bons. Então se o frio e o calor não são nem bons nem maus o que são?
Essa pergunta deixou-me, durante dias, semanas e anos, doente, e serei sincera, sem resposta. Até que uma moite, sim uma noite, quando a Senhora da Noite apareceu à minha frente e me envolveu com os seus braços que eu senti finalmente a resposta. E foi também nessa altura que nos meus olhos um brilho negro os inundou. A morte não é assm tão má e a noite sendo a sua mãe também não o é.
Eu tinha adormecido. Podem pensar que aquele encontro foi um mero sonho, eu propria pensava isso mas quando abri os olhos o meu quarto esta dferente. A luz do sol pintava ao de leve as paredes brancas com tons dourados e no canto da minha cama um manto negro azulado projetava a sua luz eliminando a luz dourada. Agarrei no manto e coloquei-o, nunca me sentira tão completa. Dancei até ao espelho de corpo inteiro que tinha preso à porta do armário e observei espantada e assustada a imagem daquela jovem rapariga de 16 anos de olhos castanhos, que lá no fundo eram negros com toques de azul, e de manto aos ombros.
Devo dizer que a resposta à questão ainda vive dentro de mim mas que quem quer saber esse segredo terá de esperar que a Senhora da Noite a revele tal como me revelou a mim pois da minha alma a resposta não sairá. Louvada seja a Noite!"

Este texto foi apenas uma "memória" que escrevi num momento em que o dia reinava juntamente com o barulho dos jovens. Nada de especial.

sábado, 14 de maio de 2011

Meu fogo...

É apenas uma coisinha que fiz á uns tempos. Algo que me veio a cabeça e que tive de escrever.

"Oh mar violento, bravo e selvagem.
Oh céu azul, cristalino e suave.
Oh terra verde e mansa.
Of fogo vermelho, quente e vivo. Fogo que me consome pouco a pouco, fazendo com que me tranforme em cinzas para que depois renasça viva e nova.
Fogo que me debilita lentamente... Fogo que me aquece nas noites frias, solitárias e escuras. O mais belo de todos os elementos. Aquele que todos temem... Aquele que todos tentam usar...
Oh meu lar, doce, querido e desejado lar... Partiste e não me levaste. Que triste sina minha... O meu puro elemento foi-se para nunca mais voltar."