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sexta-feira, 20 de maio de 2011

Senhora Noite

"Noite. Para os gregos ela era a mãe do céu, da terra. A mãe dosono, da morte e das angustias, da ternura e do engano. Para mim a noite percorre, envolvida no seu manto negro e sombrio, o céu e a terra num carro tão negro como ela. Ela cobre o mundo com o seu frio ou o seu calor dependendo da pessoa que a sentia. Mas não digo que esse frio é mau, assim como não digo que o calor seja mau e que ambos não sejam bons. Então se o frio e o calor não são nem bons nem maus o que são?
Essa pergunta deixou-me, durante dias, semanas e anos, doente, e serei sincera, sem resposta. Até que uma moite, sim uma noite, quando a Senhora da Noite apareceu à minha frente e me envolveu com os seus braços que eu senti finalmente a resposta. E foi também nessa altura que nos meus olhos um brilho negro os inundou. A morte não é assm tão má e a noite sendo a sua mãe também não o é.
Eu tinha adormecido. Podem pensar que aquele encontro foi um mero sonho, eu propria pensava isso mas quando abri os olhos o meu quarto esta dferente. A luz do sol pintava ao de leve as paredes brancas com tons dourados e no canto da minha cama um manto negro azulado projetava a sua luz eliminando a luz dourada. Agarrei no manto e coloquei-o, nunca me sentira tão completa. Dancei até ao espelho de corpo inteiro que tinha preso à porta do armário e observei espantada e assustada a imagem daquela jovem rapariga de 16 anos de olhos castanhos, que lá no fundo eram negros com toques de azul, e de manto aos ombros.
Devo dizer que a resposta à questão ainda vive dentro de mim mas que quem quer saber esse segredo terá de esperar que a Senhora da Noite a revele tal como me revelou a mim pois da minha alma a resposta não sairá. Louvada seja a Noite!"

Este texto foi apenas uma "memória" que escrevi num momento em que o dia reinava juntamente com o barulho dos jovens. Nada de especial.

sábado, 14 de maio de 2011

Meu fogo...

É apenas uma coisinha que fiz á uns tempos. Algo que me veio a cabeça e que tive de escrever.

"Oh mar violento, bravo e selvagem.
Oh céu azul, cristalino e suave.
Oh terra verde e mansa.
Of fogo vermelho, quente e vivo. Fogo que me consome pouco a pouco, fazendo com que me tranforme em cinzas para que depois renasça viva e nova.
Fogo que me debilita lentamente... Fogo que me aquece nas noites frias, solitárias e escuras. O mais belo de todos os elementos. Aquele que todos temem... Aquele que todos tentam usar...
Oh meu lar, doce, querido e desejado lar... Partiste e não me levaste. Que triste sina minha... O meu puro elemento foi-se para nunca mais voltar."