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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Borboleta da Noite

Quando à noite um luar intenso e sedutor ilumina toda a rua, uma jovem borboleta de asas negras como a noite sai de sua casa em direção a uma fonte no fundo da rua. Um passo atrás de outrro passo as pessoas da aldeia regressavam às suas casas e a borboleta com o seu bater de asas constante voava silenciosamente até à fonte.

A fonte tinha um anjo com a sua elegância imortal no centro, e na água uns brilhantes peixes de escamas avermelhadas nadavam suavemente pelo fluido cristalino da fonte. Na mão direita do anjo um jarro que vertia água era segurado e na esquerda uma pomba branca pronta a levantar voo em direção ao céu estrelado.

A borboleta negra flutuou até ao ombro direito daquele anjo e nele repousou por um momento até que as borboletas do fogo vieram batendo as suas asas vermelhas, seguidas das borboletas azuis do ar, das frescas verdes da floresta, das calorosas castanhas da terra e por último das flexíveis e graciosas borboletas da água com as suas asas de tom azul esverdeado. Elas bailavam ao som da melodia dos grilos, mochos e corujas, enquanto eram iluminadas pelas estrelas e pelos pirilampos. Várias borboletas chamaram aquela negra borboleta mas ela continuou quieta como se fizesse parte da estátua do anjo.

Elas dançaram até a noite estar mesmo a acabar e quando o sol começou a querer iluminar toda a aldeia, as borboletas partiram, deixando para trás a borboleta negra. Pouco a pouco o tímido sol mostrou as suas cores assim como a borboleta. As suas asas deixaram de ser negras e passaram a ser de todas as cores do arco-íris. Mais uma vez, com o seu bater de asas constante ela regressou a casa.

Atravessou as ruas ainda desertas e entrou pela janela. No quarto escuro uma rapariga encontravasse a dormir. A borboleta poisou no seu peito mesmo por cima do coração e deixou-se ser sugada até fazer parte da jovem, com isto os olhos da rapariga-borboleta abriram e ao mesmo tempo o sol cobriu de luz toda a aldeia. A noite acabara e o dia começara.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Voar, apanhar uma estrela

Ser livre como uma ave e voar
Pelos campos de coloridas flores
E no meio do luz encontrar
O Lago dos verdadeiros amores.

Subir a alta montanha
E apanhar um flor
De gelo e de tamanha
Cor e puro amor.

Sorrir ao ver um raio de sol
A brilhar na minha face
E pensar em lançar um anzol
Para apanhar aquele enlace.

Apanhar o enlace da vida
Que um dia foi dada
Para ver protegida
Uma pessoa amada.

Voar, apanhar uma estrela brilhante
Traze-la para casa, abraçar
A alegria e viver a vida fascinante
Iluminada pelo novo e belo luar.