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sexta-feira, 15 de julho de 2011

Anjo da guarda

Numa terra onde não existem nem monstros nem demónios, onde só existem flores coloridas, pássaros com lindas vozes e pessoas normais sem nenhum poder magico nem sobrenatural, uma jovem rapariga vive. Quando era uma criança, todos pensavam que ela era uma autêntica fonte: sempre a chorar. Muito sentimental, muito mimada, muito protegida, muito criancinha para a sua terna idade.


Com o passar dos anos os olhos foram secando, isto foi desencadeado por um amor não correspondido, amores de criança. Mas não foram só os seus olhos que secaram, a cascada de sentimentos secou e quando os sentimentos voltaram só chegavam cá fora os que correspondiam ao seu maus feitio: refilar, amuar, ser algumas vezes injusta. É claro que os bons sentimentos apareciam: alegria, saudade, amor.


Apesar de todos acharem que ela é o que eles pensam que é, ela não é por sombras o que mostra ser. Os seus olhos mostram alegria, raiva ou indiferença mas no fundo eles mostram um enorme pedido de socorro. Os anos continuam a passar e apesar do mau feitio (assim pensavam eles que era) continuar a existir ele já não era tão forte, o que é certo é que a rapariga não era tão feliz como dantes fora. Ela sentia-se frágil, como se fosse uma boneca de porcelana. O seu coração saltava feito tolo sempre que ela se sentia triste, ele saltava para que ela reagisse e falasse com alguém antes que se partisse em bocados.


Um dia, um dia como os outros (sim, um dia como os outros), ela estava bem mas a caminho de casa começou a pensar em tudo e mais alguma coisa e quando chegou finalmente a casa parecia um farapo velho, sentiasse mal e rachada, e o seu coração estava a saltar-lhe mais uma vez do peito. Então ela soube que tinha de falar com alguém. Mas quem? Não podia simplesmente falar com aqueles que a ignoravam. “Alguém…Alguém que me ajude neste momento, alguém que me agarre ou eu vou-me partir e nunca mais volta a ser a mesma.” Pensou ela. Então como por magia um anjo desceu dos céus e agarrou.


Esse anjo de cabelos castanhos e olhos cor das mais belas avelãs do mundo, esse anjo de olhos profundo e fascinantes disse-lhe que aquilo passava e que ela iria ficar bem mais uma vez. Ela chorou nos braços desse anjo doce e depois quando finalmente as lágrimas secaram ele largou e voltou para onde tinha vindo.


No dia seguinte na sua escola a jovem rapariga esta mais fresca que ontem. O seu coração estava melhor que no dia anterior e agora estava pronta para procura a sua volta o que ela a muito tinha perdido: o seu belo jasmim, a sua pura flor, o seu amor, a sua delicadeza.


Ao virar da esquina um rapaz. Mas não um rapaz qualquer… Era o seu anjo. Sim, era ele… Sempre fora ele, só que ela não o sabia e agora mais do que nunca iria proteger aquilo que lhe era sagrado, pois ela sabia que agora não estava sozinha quando fosse preciso de uma ajuda para a agarrem. Ela agora tinha o seu anjo e não o iria perder, não iria perder aquela rosa rosada.

4 comentários:

Anónimo disse...

Eu disse que ia ler e vou, mas amanhã que só cheguei agora ao pc.
É a primeira coisa que faço quando chegar ao pc.

Anónimo disse...

Eu disse que ia acabar de ler.
Em primeiro lugar este texto faz-me lembrar alguém, btw levei dois dias a ler isto xP
Está bem construído, de fácil leitura... resumindo está bom *-*
(Baseia-se na vida de alguém?)

Unknown disse...

Obrigada Rutita :)
Realmente é algo que faz lembrar alguém. Alguém do passado.

Sara Costa disse...

Acho que me apaixonei por esse anjo XD

Lindo!