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sábado, 29 de março de 2014

Rumo ao Sonho (Micro-conto III)

O terceiro e último micro-conto que escrevi para o passatempo. Infelizmente não ganhei o referido passatempo. Porém, não deixei de escrever. É por esse motivo que partilho o que escrevo neste Blog.
Talvez venha a escrever mais micro-contos no futuro.



Muitas vezes embarquei rumo ao horizonte, perdi-me, lutei contra tempestades e sacrifiquei tempo e energia para não me naufragar. Escapei do canto das sereias e remei contra correntes. Vi noites tornarem-se em dias e dias em noites até me esquecer do passado e do futuro. Fiquei à deriva durante dias mas no final valeu a pena por aquele Sonho.

O canto (Micro-conto II)

Micro-conto número dois. Este foi outro dos micro-contos que escrevi.




Num dia de inverno um pássaro veio ter à minha janela. Era preto e tinha olhos cintilantes. Cantou para mim todo o dia e toda a noite. Nunca se queixou e deixou-me ser eu a ralhar com o mundo. Durante anos ele veio e sempre com novas cantigas. Certo ano deu-me uma pena. E agora sou eu que canto nas janelas do mundo.

Um novo dia (Micro-conto I)



Andava a arrumar as pastas no meu computador e encontrei um documento com alguns micro-contos que criei o ano passado para um passatempo. Infelizmente não ganhei. Porém, achei bom partilhar.




O dia começa solitário e eu passo pelo jardim como sempre. Vejo uma mulher sentada num banco a dar comer a pombos. E chora… Sentei-me ao seu lado e cantei. Olhou para mim e sorriu. Sete dias passaram. Nunca mais a vi. “Partiu.” Pensei eu. Chorei pela primeira vez em anos. Não a conhecia nem ela a mim, porém o conforto foi suficiente. É um novo dia.