Instalando-se o escuro numa aldeia onde a vila é sempre o mesmo, onde as histórias são sempre de outros locais e nunca nada se passa ou nunca ninguém viu passar naquela aldeia, mas instalando-se o escuro chegam o tempo das histórias, das cantigas e das lendas à volta da fogueira, pequeno divertimento para preencher pequenas mentes. Ainda assim não serei eu a julgar, eu que apenas passo de uma lenda na mente dos aldeões, não serei eu a contar a verdade, nem nesta noite nem na manhã seguinte.
Que o mundo vive na sua escuridão e monotonia, alheio às enumeras possibilidades que podemos ter se apenas olhássemos, alheio aquilo que nasce na sombra do carvalho e na antiga toca do urso pardo. Que viva o mundo apenas com o seu suposto medo que eu viverei com o meu. Que as palavras sagradas as guiem uma vez que não serão as minhas nem as das antigas histórias, que são constantemente ignoradas, a ajudarem o mundo a viver.
O texto que se segue é pequeno, sim, mas isso não importa.
Foi iscrito para uma amiga minha, na brincadeira, numa aula, numa folha dela.
Ela que não se esqueceu dele. Obrigada pelas conversas e pelos elogios.
1 comentário:
Gostei tanto :)
Parabens :D
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